Sunday, June 25, 2006

24


Eis uma boa parte do meu final de semana... Foi uma maratona! Excelente!

Saturday, June 24, 2006

O texto da manhã...

*O PATRIOTA*
António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Czech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China). Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Switzerland). Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...
(autor anónimo, recebido por email)

Friday, June 23, 2006

Ler

"Ler é aconselhável no combate à inveja e ao mau-olhado. Tem-se revelado eficaz em casos de amor, dinheiro, saúde, emprego, casar, engravidar, afastar, separar, trazer de volta, atrair clientes, vender imóvel, comprar carro e outro" - José Luís Peixoto, Jornal de Letras, 21 de Junho de 2006
Malta, faz Portugal ganhar o Mundial 2006!!!! Vamos, toca a ler!!!!

Diálogos

Conversa entre Raica Oliveira (será a namorada de Ronaldo) e Jô Soares:
R. O. : "Não acho que o Ronaldo esteja gordo. Os media exageram muito."
J. S. : "Nossa! Eles acham que EU sou gordo!!!"
R. O. : "Ah! Não se pode comparar você com Ronaldo..."
J. S. : "Não, claro, eu não jogo há muito tempo."
(Revista Visão, 22 de Junho de 2006)

"A melhor é a única boa"

Isso eu não sei. Não sei mesmo se a melhor é a única boa. Mas é um grande alívio saber que pelo menos neste mundo uma pessoa pensa como eu...
"Pensando bem eu não sou escritor porque aquilo que faço não é escrever, é ouvir com mais força. Sento-me e espero até as vozes começarem. Andam aí à minha roda, mais fortes, mais ténues, mais distantes, mais próximas, falando sem som e no entanto dizendo, dizendo. (...) E não é o meu livro visto que nenhum livro com o meu nome me pertence, os livros deviam trazer o nome do leitor, não do autor na capa, é o leitor que lhe dá sentido à medida que lê..." - António Lobo Antunes, Revista Visão, 22 de Junho de 2006

Sunday, June 18, 2006

Flores

Palavras para quê? Na sua simplicidade, uma flor é sempre uma flor...
São muitas as coisas no meu pai de que me orgulho. A maioria delas são só do meu conhecimento. Mas isto, meus amigos, é impossível não mostrar ao mundo. É que o meu pai é um pintor de beldades como a flor que podem ver na imagem. Por muito fraca que seja a terra, tudo o que nela ele semeia nasce e nasce assim: belo, forte, sublime. Parece que é mágico! Bem, aqui entre nós, para mim é!

Maravilhas da Natureza...

Todos os anos é assim. Uns anos mais e em outros menos. Mas todos os anos é assim. Este ano descobri mais esta maravilha da Natureza lá para os lados da casa dos meus pais.


Uns procuram casa... Outros acabam por construir...

Saturday, June 17, 2006

Pêssegos


Há quem coma pêssegos em calda...
Eu como os pêssegos em cachos...

Quanto vale um/cada professor?

Ainda o mesmo tema... Desculpem, mas escrevo-vos enquanto leio o correio que recebi esta semana. É assim que por vezes passo umas horas do meu fim de semana. Na falta de companhia ou de programa é o que faço. E esta semana realmente tenho lido umas coisas interessantes. Eis aqui mais uma directamente das páginas da Educare e do teclar da Dra Armanda Zenhas (e a cuja leitura integral vos convido na página do Educare):
«O conhecimento que a maior parte dos EE tem dos professores é mediado pelos seus educandos. Diz a ministra ser isto o bastante para que eles possam avaliar a relação pedagógica dos docentes com os seus filhos. Tal, no entanto, não é assim.
Quanto vale um/cada professor? Nos dias de hoje, por muito que valha, vale certamente muito pouco. Não fosse o desemprego que grassa no país e, certamente, muita gente abandonaria a profissão, por se sentir desrespeitada e desvalorizada. Tendo esse desrespeito e essa desvalorização, por parte de governantes e da sociedade em geral, e o consequente desencanto da classe docente múltiplas facetas, referir-me-ei, neste artigo, apenas à tão falada avaliação dos professores pelos encarregados de educação (EE). Quero deixar claras duas notas prévias: considero importante a avaliação dos professores (mas não nestes moldes), tal como considero fundamental a colaboração entre os pais e os professores, entre a família e a escola.
[...]Argumento fornecido pela Ministra da Educação: a avaliação dos professores pelos pais será uma forma de chamar estes à escola.
[...] Em jeito de conclusão: Conheço o caso de uma professora que, por ter injustificado a falta dada por uma aluna cuja EE alegava "Adormeceu porque o despertador não tocou." (situação que não acontecia pela primeira vez), recebeu desta a seguinte mensagem, na caderneta: "Quer que lhe mande o despertador para confirmar que não tocou? Trate-se no Magalhães Lemos". Esperemos algum tempo, e muitos professores receberão antes a mensagem "Espere pelo fim do ano e vai ver a avaliação que lhe vou dar."»
Talvez da minha ingenuidade... Quem avalia os pais?

A cadeira vazia da Educação


Este excerto foi mesmo publicado no já falado Correio da Educação a 5 de Junho. Achei-o também curioso. Agora vós, meus livres pensadores, pensai o que quiserdes :o)
Eu penso também mas não digo. É a democracia... :o)

“Durante estas quase duas horas não pude deixar de olhar a cadeira vazia destinada à nossa educação. Estou habituado a ter presente a pessoa que julgo, a falar com ela, e nessa interacção, a captar muitas coisas que a racionalidade não explica: enfim a fazer o retrato dessa pessoa.
Defeito profissional, ao ouvir os ilustres intervenientes, do seu relato tentei fazer o retrato da senhora. Desfilaram matizes, cores com marcada subjectividade, outras cores mais neutras, mas não menos subjectivas. O contraditório decorreu com brilho e profundidade. O público foi vivo, não tivemos figurantes.
[...] Finda a sessão, confesso o meu fracasso: não lhe descobri sequer a idade, talvez não seja jovem, mas descortinei [...], no escaninho dos intervenientes, de todos os intervenientes, desde um fogo que ainda arde a uma réstia de paixão pela senhora. [...]
Liminarmente importa lembrar algo que, de tão evidente, por vezes escapa: à educação, ao sistema educativo, às escolas e aos professores pede-se resposta para uma panóplia de problemas que não lhes cabe resolver.
[...] Existindo conflito depende de nós, de toda a sociedade, estado, professores, alunos, pais/educadores, agentes económicos, etc. que o mesmo seja construtivo ou destrutivo.
[...] Em conclusão, nem nacional-porreirismo nem pessimismo, a crise é uma oportunidade para mudar de paradigma, saltar para o patamar da qualidade. Para vosso bem e bem de todos, estão condenados a entenderem-se, a lutar e a fazer uma escola melhor. E como nessa tarefa também não é solução ficar à espera de Godot, terão (teremos) que descalçar a bota: amanhã é o primeiro dia do resto das vossas vidas, em que estou certo que irão lutar e sonhar por uma escola melhor.”

Um texto...

Professores – ameaça social? Quem escreve assim não é “gago”...

Na semana em que o Correio da Educação entra de férias, eis um texto não nele publicado, mas que me chegou às mãos num destes dias. É no mínimo um texto curioso.

«“Os cavalos também se abatem”, porque não os professores? Aliás, qualquer sociedade dita civilizada, cosmopolita, adiantada, progressiva, europeia, universalista, devia fazer do fuzilamento uma prioridade e do fuzilamento de professores a prioridade máxima. Trata-se de um imperativo, de um desígnio nacional à volta do qual todos os portugueses se devem unir ou, no mínimo, entender. Arranjar-se-ia, assim, uma plataforma comum, um factor de união exaltante e exacerbado para vazamento de entulho e de “engulhos”, engasgamentos e recalques. Que se passa? Os psiquiatras não dão consultas? Os psicanalistas estão caros até para as elites? Será alguma directiva comunitária que desconheçamos?
[...]Como poderiam, deste modo, defender os velhos autores? Primeiro, é sabido que estão mortos. Depois, se as memórias são más, é da maior conveniência apagá-las. Apague-se Camões, Vieira, Pessoa, passe-se um “delet” sobretudo sobre Bocage e mais ainda em cima de Gil Vicente, que encontraria aqui “pano para mangas” com novos (velhos?) “tipos” sempre na moda. Ostracize-se Eça de Queirós que permanece perigoso pela ironia inteligente, esqueçam Torga, Agustina, Saramago, D. Dinis, Fernão Lopes, Tolentino, Mário de Sá Carneiro, Garrett e restantes miseráveis que se atreveram. Apague-se o país, o rasto dele. E naveguemos na “jangada” ao sabor da corrente imprevista. Todavia, primeiro, primeiro, enfiem-se os professores no Campo Pequeno, todos os professores de todos os graus de ensino sem excepção, sem dó nem piedade que não estamos em nenhuma recolha para o “Banco Alimentar”. Recriem-se os fuzilamentos de Goya, porque, caramba, temos estilo!!!» - m.j.s.

Friday, June 16, 2006

Uma frase...

Não conheço o livro. Não o li. Mas a frase que lhe dá título ou o lança aos olhos dos leitores é interessante.
"A Felicidade não se acaba, rectifica-se."
Digam lá que não é verdade?

Love is always seventeen...

«Provavelmente, Stendhal tinha razão quando dizia: "O amor é um processo unilateral no qual desvalorizamos os defeitos e enaltecemos as qualidades da nossa amada. Nessa transformação do mundo as cores parecem mais vivas, os contrastes mais profundos, a natureza ganha uma nova dimensão e até os sons mais banais adquirem dimensões harmónicas e celestiais".»
- Luís Machado, Os Meus Livros Junho 2006
Nesta semana de Santo António, eis a minha frase para quem andou a trocar manjericos...
;o) Sejam felizes!


E mesmo no breu do fundo da gruta fez-se luz...

Mesmo se pela mão do homem.


(Grutas de Santo António, Portugal, Carnaval 2006)

Ai Portugal Portugal...

Esta foi uma semana de teste. [Quase] Todos os portugueses tiveram a possibilidade de experimentar como seria a semana ideal de muitos. Trabalhar um dia. Descansar. Trabalhar mais um dia. Descansar. Trabalhar um terceiro dia e descansar mais dois. A questão permanece a mesma: seria esta semana de trabalho mais produtiva?

Até já!

Recebi numa manhã destas esta mensagem:
“Hoje nós sorrimos. Amanhã choramos. Hoje temos dinheiro. Amanhã nem por isso. Hoje trabalhamos. Amanhã descansamos. Hoje estamos aqui. Amanhã lá. Hoje nós bebemos. Amanhã estamos de ressaca. Hoje somos amigas. Amanhã... Bom, amanhã continuaremos a ser amigas porque as amizades verdadeiras guardamos no coração. Beijo.”
Sim, é verdade, as amizades verdadeiras guardamos no coração... Por isso estamos sempre perto...

Queres namorar comigo?

Há quem me acuse de ter cometido um crime esta semana. Desculpem discordar mas acho que não foi crime nenhum. É certo que era um dia especial. É certo que era uma ocasião de festa. É certo que a sangria falou mais alto. E é certo que eu não bebo normalmente. Também por isso disse que não. Não parti coração algum. A sangria não o terá. É que é certo que quando o nosso coração estará à espera daquele que lhe fala mais perto não aceita namoro de nenhum outro nem mesmo em datas especiais. Por certo Santo António concordará comigo. Por certo Santo António não terá ficado aborrecido comigo. Certamente que quem bebeu aquela sangria falante também não.

Sunday, June 11, 2006

Bola para a frente!

Quem me conhece sabe que aprecio futebol. E hoje o país festeja isso mesmo: futebol. O país mete uma bandeira ao peito e "em bandeirada" parece ir contando nos media os minutos até ao apito. Mas acreditem que não estou minimamente preocupada com o apito final. Não pensem que não gostaria que a selecção ganhasse... Só que esse é o tipo de coisas que não ocupam lugar na cabeça desta adepta da bola. Aquela não é a minha selecção. É apenas uma selecção do meu país. Uma em tantas outras que nem são faladas, tantas outras equipas de convocados que representam o país numa competição de qualquer coisa. Apenas isso.
Mas sabem do que gostava? Que o meu país unido festejasse mais coisas, outros golos, outras vitórias. Gostava que festejasse um avanço qualquer tecnológico, uma descoberta qualquer na área da saúde, as boas notas de alunos que se esforçam, o trabalho de trabalhadores que se entreguem de corpo e alma às suas funções, a justiça de alguém e o arrependimento sobre quem essa justiça caia... Sabem do que eu gostava? Que se valorizasse tudo o que não se valoriza mais, que cada vez mais se esquece neste país e que parece já nem importar. Se o fizesse, realmente craques seríamos todos nós e o verdadeiro craque seria Portugal!

Saturday, June 10, 2006

Todos, todos, todos...

Gosto deles. Muito. Das meninas e dos meninos. Dos mais quietos e dos mais traquinas. Dos que muito falam, dos que nada dizem e dos que muito parecem dizer lá na linguagem deles mas que ninguém percebe. A verdade é que adoro os meus pequeninos todos. Todos, todos, todos. Saibam, crianças, que mesmo não estando convosco todos os dias, não há segundo que não estejam no meu pensamento e nem há hipótese alguma de não estarem no meu coração. Aos meus pequeninos um grande beijinho muito especial neste dia - pois as pessoas de quem gosto são a minha pátria, o meu mundo. E estes pequeninos são parte muito especial do meu presente e muito do meu futuro! Muitos sorrisos!

Sunday, June 04, 2006

Para as nossas crianças... um doce chamado livro!









Algumas sugestões deliciosas de livros publicados em Portugal para as nossas crianças.
São viagens para não mais esquecer... Minutos de Leitura... deliciosos!

Ilustrações

Há coisas curiosas. Quem me conhece sabe que de tempos em tempos escrevo histórias. Umas infantis. Outras nem tanto. Tanto risco faço que elas aparecem. Aparecem e eu descanso. É que assim, em vez de me aconchegar a contá-las a alguém fico a ver quem as conta à criançada que conheço...
Neste momento estou a escrever uma para crianças. É delicioso ter a oportunidade de fazer algo assim. Não me importa agora se é uma história de ilusão ou uma desilusão de história. O prazer com que o faço é sempre o mesmo. É imenso! Além disso, os meus leitores e ouvintes são simpáticos e, como adormecem a lê-las e a ouvi-las, não refilam ao acordar...
Mas há mesmo coisas curiosas. O que fazemos quando a história que vive na nossa cabeça se aloja no papel mas ganha vida? O que fazemos quando nos sentamos a conversar com a nossa personagem principal e esta nos pergunta quem somos?

Saturday, June 03, 2006

Champs Elisées


Em conversas ao longo desta semana com uma amiga minha lembrei-me dos Champs Elisées.
É engraçado como por vezes a vida nos coloca em caminhos que nos convidam a explorar tudo ao pormenor, que parecem ser talhados para seguirmos em frente, mesmo sem saber exactamente onde vão dar e como se sem orientação alguma ou destino. Sabem, um desses caminhos que em vez de receberem de nós uma marca, de certa forma deixam em nós as suas marcas e nos fazem pensar.
Quando andei pelos Champs Elisées não pensei muito. Lembro-me disso. Vivi. Tentava apenas captar tudo. Ora através da minha sensibilidade ora através da objectiva da minha máquina. Tudo isso me permitiu ficar com belas recordações de todo aquele espaço, de todas as suas cores, de todos os seus sons, de todos os seus silêncios e vazios. Uma verdadeira sinestesia.Daquelas que nos fazem sentir em casa. E é engraçado... Mesmo agora e mesmo longe, pensar nos Champs Elisées é sentir-me lá... É sentir-me também em casa. Obrigada, Margarida.
(Champs Elisées, Abril de 2006)