Professores – ameaça social? Quem escreve assim não é “gago”...
Na semana em que o Correio da Educação entra de férias, eis um texto não nele publicado, mas que me chegou às mãos num destes dias. É no mínimo um texto curioso.
«“Os cavalos também se abatem”, porque não os professores? Aliás, qualquer sociedade dita civilizada, cosmopolita, adiantada, progressiva, europeia, universalista, devia fazer do fuzilamento uma prioridade e do fuzilamento de professores a prioridade máxima. Trata-se de um imperativo, de um desígnio nacional à volta do qual todos os portugueses se devem unir ou, no mínimo, entender. Arranjar-se-ia, assim, uma plataforma comum, um factor de união exaltante e exacerbado para vazamento de entulho e de “engulhos”, engasgamentos e recalques. Que se passa? Os psiquiatras não dão consultas? Os psicanalistas estão caros até para as elites? Será alguma directiva comunitária que desconheçamos?
[...]Como poderiam, deste modo, defender os velhos autores? Primeiro, é sabido que estão mortos. Depois, se as memórias são más, é da maior conveniência apagá-las. Apague-se Camões, Vieira, Pessoa, passe-se um “delet” sobretudo sobre Bocage e mais ainda em cima de Gil Vicente, que encontraria aqui “pano para mangas” com novos (velhos?) “tipos” sempre na moda. Ostracize-se Eça de Queirós que permanece perigoso pela ironia inteligente, esqueçam Torga, Agustina, Saramago, D. Dinis, Fernão Lopes, Tolentino, Mário de Sá Carneiro, Garrett e restantes miseráveis que se atreveram. Apague-se o país, o rasto dele. E naveguemos na “jangada” ao sabor da corrente imprevista. Todavia, primeiro, primeiro, enfiem-se os professores no Campo Pequeno, todos os professores de todos os graus de ensino sem excepção, sem dó nem piedade que não estamos em nenhuma recolha para o “Banco Alimentar”. Recriem-se os fuzilamentos de Goya, porque, caramba, temos estilo!!!» - m.j.s.
Na semana em que o Correio da Educação entra de férias, eis um texto não nele publicado, mas que me chegou às mãos num destes dias. É no mínimo um texto curioso.
«“Os cavalos também se abatem”, porque não os professores? Aliás, qualquer sociedade dita civilizada, cosmopolita, adiantada, progressiva, europeia, universalista, devia fazer do fuzilamento uma prioridade e do fuzilamento de professores a prioridade máxima. Trata-se de um imperativo, de um desígnio nacional à volta do qual todos os portugueses se devem unir ou, no mínimo, entender. Arranjar-se-ia, assim, uma plataforma comum, um factor de união exaltante e exacerbado para vazamento de entulho e de “engulhos”, engasgamentos e recalques. Que se passa? Os psiquiatras não dão consultas? Os psicanalistas estão caros até para as elites? Será alguma directiva comunitária que desconheçamos?
[...]Como poderiam, deste modo, defender os velhos autores? Primeiro, é sabido que estão mortos. Depois, se as memórias são más, é da maior conveniência apagá-las. Apague-se Camões, Vieira, Pessoa, passe-se um “delet” sobretudo sobre Bocage e mais ainda em cima de Gil Vicente, que encontraria aqui “pano para mangas” com novos (velhos?) “tipos” sempre na moda. Ostracize-se Eça de Queirós que permanece perigoso pela ironia inteligente, esqueçam Torga, Agustina, Saramago, D. Dinis, Fernão Lopes, Tolentino, Mário de Sá Carneiro, Garrett e restantes miseráveis que se atreveram. Apague-se o país, o rasto dele. E naveguemos na “jangada” ao sabor da corrente imprevista. Todavia, primeiro, primeiro, enfiem-se os professores no Campo Pequeno, todos os professores de todos os graus de ensino sem excepção, sem dó nem piedade que não estamos em nenhuma recolha para o “Banco Alimentar”. Recriem-se os fuzilamentos de Goya, porque, caramba, temos estilo!!!» - m.j.s.
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