Entram em mais um dia sapateando no teclado. As minhas. Estas que falam comigo. Estas que me afirmam e me desmentem na rapidez dos pulsos que correm. Antes se embrulhassem na sua suavidade mimando um rosto. Antes aquecessem em festas um peito de encosto. Antes afagassem o cabelo que delas se liberta fugidio. Antes massajassem todo o território de umas costas que acreditam conhecer. Antes se deixassem descansar entrelaçadas nos dedos das outras mãos que seguram mesmo quando nada há a apertar por entre dedos, nada mais que o vazio por onde o tempo escorre. Estas mãos. As minhas. Estas que me confessam na rapidez dos pulsos que correm.
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