
Tenho encontro marcado com Ana Moura sábado. O sossego da noite, o trinar das guitarras no embalo das violas. Ela levar-me-á pela mão como criança pequena que descobre novos mundos no mundo. Far-me-á emocionar em lágrimas com o fado que me lembra alguém, com o fado que me lembra o que vivi com alguém, com o fado que me lembra o que não vivi com alguém, com o fado que me faz crer poder ir vivendo. Ana Moura levar-me-á aos fados, caminhando isenta de passagem na sua voz, embrulhada nos versos dos poemas de outros cuja poesia poderia tantas vezes ser minha. Está marcado para sábado. E eu estou já no cais de embarque para essa viagem.
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