Uma destas tardes estive com ML. Ouvi-a. Atentamente. Senti-me como se lesse cada uma das suas palavras. São poucas as pessoas que se expressam assim, daquela maneira suave e determinada com que falava, decidida de conhecimento e sugestiva das maiores verdades. Senti-me como se tudo o que li por ela escrito até àquele momento nada mais fosse que palavras que ali, naquele filme ainda a negro e fragmentado de uma década qualquer mais antiga, ganhavam a vida da voz que as preenchia. Será essa uma das maiores verdades, talvez: há palavras que só ganham valor na voz que lhes dá vida; outras que de tão em surdina esperam a oportunidade de um dia aparecer.
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