Saturday, October 28, 2006

De mesa... ou não!

Estas coisas não têm idade. São familiares. Uma verdadeira festa de trabalho.

Um sorriso de orelha a orelha com uma dor de braços e pernas de companhia.
Azeitona. E é assim vê-los em cima das oliveiras sobrevoando os panos e os outros. É assim imaginá-los em recordações que na verdade nunca existiram. Ou talvez sim mas só de ouvir falar.
E depois, a vida traz na sua sorte uma amiga que trouxera antes e que - naquele tom doce da sabedoria mais verdadeira - me explica que a azeitona pode toda ser bebida em azeite (seja ela lentrisca ou verdial), mas só a azeitona verdial é retalhada ou pisada e tratada de forma especial para levar à mesa e ser apreciada...
As coisas que se aprendem quando menos se espera. Obrigada.

Halloween e afins


Esta terça-feira promete... Ai, pois promete!

Procura-se...


Já viram os pássaros? Viajam até ao cansaço... Voam... Juntam meia dúzia de pauzinhos (que nada nem ninguém vem reclamar) e não precisam de empréstimos...
Não admira que nos olhem do alto...

Sunday, October 22, 2006

A Verdadeira História de...

“Todas, mesmo quase todas, as pessoas pequenas quando crescem se transformam em pessoas grandes. As mãos tornam-se compridas – e são capazes de um adeus que se distingue à distância; os dedos longos, e às vezes tão longos, que quando apontam ficam para lá da vista, perto de tocarem o que querem apontar. As pernas são quase pontes sem água, arcos enormes por onde se passa; e entre cada passo que dão, cabem vinte ou trinta mais pequenos, ou então uma corrida de lebre em disparada. […] Os olhos deixam de ser de ver ao perto, e por isso não conseguem reparar, mesmo que queiram, nos olhos das formigas, que são de um verde-escuro, quase terra.
[...] Todas, quase todas as pessoas pequenas quando crescem se transformam em pessoas grandes e só muito poucas se tornam grandes pessoas. Como a Alice.”

Pois é...É tão bom ser capaz de “ir buscar uma gota de céu às nuvens e um fósforo de luz ao sol”…

Um cão chamado Marley...



John Grogan é o dono de Marley. Com os direitos vendidos em vinte e cinco países e quase cinquenta semanas seguidas no top do New York Times, parece evidente que Marley e Eu é muito mais que apenas um livro sobre um cão. Será que contando (também) a história do seu cão “imprevisível”, “único” e “irrepetível” o achará mesmo o “pior cão do mundo”?

Saturday, October 21, 2006

Crenças

No seu blog, uma amiga escreveu isto:
Se me dissessem isto: - ganhei o euromilhões e com a raiva rasguei e queimei o bilhete que me garantia o dinheiro.Eu era capaz de acreditar. Era capaz de dizer "deixa lá, fica para a próxima", era capaz de dizer "estavas entupidinho da droga", mas acreditava.
Linda, o teu nome já diz muita coisa!

Ainda na digestão da que passou se respira já a que ainda vai passar

"Ela sentou-se no lugar do bilhete e espreitou por entre as gotas para os focos de luz que, como se sobrevoando um palco, iluminavam a esfregona e o chão molhado. Ali, na imensidão do vazio dos passageiros já idos, de lenço na cabeça abafando o suor, absorviam-se os restos de sujidade dos outros com a cabeça pensativa do jantar que ficou por comer e das crianças que em casa a aguardam ao nascer da manhã. Nada de mais. É só apenas mais uma sexta-feira.
As rodas chiam. O espaço avança. A noite engole-o como um buraco negro.
Nada de mais. É só apenas mais uma sexta-feira."

Cultura

"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar." - Helena Vaz da Silva

Saturday, October 14, 2006

Espero por ti em Paris


"Se na juventude você teve a sorte de viver na cidade de Paris, ela o acompanhará até ao fim da sua vida, vá você para onde for, porque Paris é uma festa móvel." - Ernest Hemingway

Survivor

"What this hurricane has taught me is that I can live with nothing..." - anonymous on Katrina

Goo Goos' Iris


And I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything is made to be broken
I just want you to know who I am...

Peter Pan

“Boys should never be sent to bed... They wake up one day older” – Finding Neverland

Anos

De banda sonora nos seus ouvidos uma música que conhecia há anos. Das palavras projectadas por outrem ao seu lado limitou-se a deixar o seu olhar espreitar o futuro. Conheceram-se na faculdade. Partilharam histórias, experiências, vivências. Encontram-se esporadicamente para meter a conversa em dia. Falam (muitas vezes) de amor. O tempo saltita de namorados a maridos, assim como o amor nas conversas que se vão actualizando. Encontrar-se-ão sempre esporadicamente. Partilharão histórias, experiências, vivências. Um dia encontrar-se-ão num qualquer aniversário e em vez de três serão então seis e depois nove e depois logo se vê... Giro como o tempo nos leva pela mão da vida...

Neverland

“Neverland... You can always go there... Always... How? By believing... Just believing...” – Finding Neverland

De leite a manteiga

Dois ratos caíram numa chávena de leite. Um primeiro desistiu de imediato e acabou por se afogar. O segundo não desistiu nunca e lutou de tal forma que transformou o leite em manteiga conseguindo assim salvar-se. – in Catch Me If You Can

Frase do dia

Um amigo enviou-me uma mensagem. Fiquei parada a lê-la...
"A boa aparência alimenta a vista, mas uma boa personalidade cativa o coração.
Tu estás abençoado com os dois! No entanto.... Não te sintas lisonjeada, porque esta mensagem foi-me enviada a mim! Só queria que a lesses..."
Depois, digamos, fiquei parada a olhá-la...

Saturday, October 07, 2006

E a obra começava assim...

"Socorre-me, devolve-me a leveza
Da tão primeira nuvem que avistares"
- Daniel Faria

World Press Photo 2006


No Centro Cultural de Belém até 22 de Outubro

Palavras para quê?

Como diz o outro...

Se a paixão deve ser vivida como libertação, enquanto “possibilidade para percorrer caminhos que de outra maneira nos seriam vedados”, faço minhas as palavras de João Morales: “Haja quem ame e não tema gritá-lo”. Logo, miúda, nada tens a recear...

E...

“Se a paixão pode ser destruidora, a sabedoria não o será também? No fundo, a razão sem paixão não é mais do que a ruína da alma.” – Michael Meyer

Xana Debaixo do sol falando de Paixões


«O filósofo e as paixões, de Michael Meyer, é uma reflexão sobre o que há de mais irreflectido na natureza humana: as paixões. Perturbante, a paixão é simultaneamente a esperança secreta de uma alternativa a um quotidiano demasiadamente monótono e rígido e um antídoto para a densidade caótica de uma sociedade massiva que reprime e pesa sobre os sentimentos mais leves. A paixão desequilibra, é irracional, deita por terra o pragmatismo e as regras mais elementares de uma convivência uniformizada.
Porque desafiam a razão, a maioria dos filósofos não gostam das paixões. Diz-nos Kant:" ninguém deseja por si mesmo a paixão". De facto, quem é que gostaria de se deixar acorrentar quando poderia ser livre? Pelo que, se terá de concluir que a submissão às emoções e às paixões é, de qualquer modo, uma doença da alma: em ambos os casos a razão perde o seu domínio. Numa carta a Letícia, Kafka desabafa: "Não conseguiste compreender o imenso poder que o meu trabalho tem sobre mim...eras não só a minha melhor amiga, como também a maior inimiga, pelo menos do ponto de vista do trabalho".Porque não nos livramos então das paixões?» - in revista Os Meus Livros, Outubro de 2006

Não há poetas felizes

“Há poucos retratos de Rimbaud.
Nos da adolescência assemelha-se a um anjo extasiado com o timbre das palavras. Nos do fim da vida tem o olhar de um condenado que a febre e a dor não queriam nem podiam poupar. Entre um tempo e outro ficou, com uma cratera de som, como uma calamidade, o vazio da poesia.” – José Jorge Letria

SMS

“If you press me to say why I loved him I can say no more but because he was he and I was I”

Conto budista

"Um homem é perseguido por um tigre e cai de um precipício, agarrando-se a um morangueiro. Ele ouve o som de ratos a roerem o morangueiro, colhe um morango, come-o e deixa-se cair no vazio. Oh, que doce que o fruto estava." - conto budista

Sunday, October 01, 2006

Santo dia do moscardo


Comida. Bebida. Ao ataque! Santo dia do moscardo...
Só para moscas!

Saldo positivo

Ela habituara-se a que a ATM lhe desse notícias pouco positivas. Nunca números abaixo de zero mas parentes aproximados deste. Ela aprendera a contar muitos anos antes e isso dera-lhe a noção de espectativa. Mas foi a ATM que lhe deu a noção de saldo. Naqueles instantes, enquanto fotografava tudo com a objectiva das meninas dos seus olhos, ela aprendeu uma nova noção. Saldo positivo. Afinal, ninguém se esqueceu. Afinal, ninguém se perdeu pelo caminho. Afinal, todos apareceram - até o sol para brilhar. E ela então reinventou uma nova noção. Sim, saldo muito positivo.