Tapei o espelho do espaço. Demasiado espaço de reflexo para o que não se quer ver. Há coisas que não vale a pena sequer espreitar. Pelo menos não hoje. O vazio afinal também se espelha e vê-lo ali é tomar consciência de que é. No chão, a alcatifá-lo, as roupas de ontem, as compras desta manhã, papéis importantes em qualquer coisa e a minha sombra enegrecida pelo dia. Mais roupas. Mais calçado. Mais papéis. Mais sombras. Tudo isso é chão. E eu sou tudo isso. Em toda essa bagunça.
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