Tento ensinar ao A Pequeno o melhor de mim. Tenho uma série de chavões em defesa e orgulho-me de ver o rapaz feliz quando lhe gabam a qualidade. Não contava com a Gripe A e menos ainda com a resposta das pessoas a ela. Hoje dei de caras com o corpo curvado de uma mulher que, minuciosamente, limpava a máquina de fotografias do metro com toalhetes; com uma jovem de manga de camisola na passagem do torniquete com que não queria ter contacto; e garanto-vos que nunca vira tanta mão a ser lavada numa casa de banho pública como esta manhã. E tudo isto no caminho para mais um dia de trabalho...
A cereja no topo do bolo do dia foi quando no Jardim o A Pequeno engraçou com um grupo de miúdos, na hora do lanche quis com eles partilhar as bolachas - gesto que as mães tanto apreciaram até... ao simples momento em que uma das crianças decidiu roubar a garrafa de água do A Pequeno e maldosamente meter o gargalo à boca. No segundo seguinte só tive tempo de ouvir a mãe afirmar a sua indignação com o comportamento da sua cria menor de seis anos, uma criança com ar de assustada cujo único crime teria sido ter sede. Em menos de nada haviam ido embora. Atrás dela todas as outras mães e crianças. E o A Pequeno ficou sozinho, comigo, estupefacta como uma não autorizada pinga de água consegue desconsertar toda uma crise social...
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