Sempre o imaginei como um Pai Natal. Não pelo preto das roupas pela perda ofegante de uma das vidas que gerou. Pelas barbas. As mesmas barbas que há anos espero que cresçam um pouco mais e se tinjam de branco. A idade justificá-lo-ia. Não é velho. Não como o verdadeiro São Nicolau. Mas tem uma idade simpática para a neve ir cobrindo o rosto.
Ainda hoje e do alto da minha idade o vejo como um Pai Natal. Não pelo preto das roupas. Também não apenas pelas barbas que afinal nem são brancas. Talvez pela barriga. Nem preciso de fechar os olhos para imaginar os seus netos a dormitarem sobre ela, aconchegados no carinho.
Acho que é por isso que sempre o imaginei como um Pai Natal. Não pelo preto das roupas. Também não apenas pelas barbas que afinal nem são brancas. Talvez pela barriga. Essencialmente pela sonoridade do seu sorriso, pelo brilho generoso do seu olhar, pela festa na sua voz, pelo seu coração gigante e educado. Sempre o imaginei como um Pai Natal. O meu primo R.
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