Sim, Carrie, hoje era um bom dia para recolher numa maleta dúzia e meia de coisas e fugir. Apanhar esse comboio por um paraíso qualquer encolhida na protecção de quem se quer ao nosso lado. A Natureza como cenário perfeito, o toque que se deseja como sensação.
Era deixar para trás as listas infindáveis onde parece que ficamos quase para último, onde nos sentimos deslocados da vocação numa realização que se faz feliz por outros meios quando, de repente, nessa constatação, nos passa pela cabeça a sensação de que são os progenitores quem nos afasta da sala e o abraço de uns pais inesperados (e inesperadamente maravilhosos desde o primeiro milésimo de segundo) quem nos recupera à vida.
Era deixar para trás as pautas com as músicas das notas daqueles que acreditaram em nós quando por vezes só nós parecemos acreditar neles.
Era deixar para trás a escolha do ouro quando se deseja prata pela possibilidade de uma réstia que nem sabemos descrever.
Era deixar para trás as pilhas burocráticas que a vida nos coloca na frente e as deadlines atrevidas que nos desconfortam.
Sim, Carrie, hoje era um bom dia para mesmo sem maleta fugir. Apanhar esse comboio por um paraíso qualquer encolhida na protecção de quem se quer ao nosso lado. A Natureza como cenário perfeito, o toque que se deseja como sensação.
No comments:
Post a Comment