Reconheço o Parque por cada passo dado entre bancas de livros. Cresci assim. Reconhecer espaços - muitos... - muitas vezes só dessa forma. E a cada passo dado saboreio ainda no ar a passagem de Eça adquirida ainda em Escudos talvez em 99 ou as memórias do elefante de Lobo Antunes pagas a Euros e levadas lá para casa uns anitos mais tarde.
Na verdade, compro livros em todo o lado. Só não em muitas mãos pela velhice, o pó e a alergia que me supera e me impede de os ler. Na verdade, compro livros em muitas moedas. Moedas e notas, que os livros, mesmo quando não dignamente anotados, pedem notas no instante do pagamento.
É um vício. Caro, diriam muitos. Eu prefiro pensar que de muitos vícios que poderia ter tenho este e outros três e que só um deles não requisita pagamento - nem mesmo em moedas - quando consumido. Eu prefiro pensar que todos os meus vícios não provocam overdose, mesmo se matando... o tempo quando este não encontra outras maneiras de se matar a si mesmo.
1 comment:
Como eu te compreendo. Um vicio tal que há sempre uma coisinha de páginas esticadas a olhar para ti e a pedir baixinho...leva-me contigo. E como resistir quando este nosso vicío já não tem solução e chega ao cúmulo de não haver espaço em casa para ele.
Post a Comment