Não será por acaso que alguns meses são mais curtos

Há alturas em que parece que tudo passa e se passa devagarinho. E apetece-nos acelerar, mesmo o que não tem aceleração possível. Ficamos então à espera embebidos nesse ritmo compassado e acreditando que, quando nem dermos conta (como tanto nos sopram aos ouvidos os sábios do mundo), o que esperamos acontece. E é nessa espera que nos arrastamos nos dias, pintando sorrisos no nosso e nos outros rostos pela crença de que um dia terão o significado que neles desejamos encontrar. Mas eu sei que um dia encontraremos, amor. Um dia encontraremos.