Quem pensa que não se pode enfrentar uma escova de dentes desengane-se! Cansada corre para a loja. Escolhe das mil e uma versões a que será a sua escova de dentes. Ou limpa a língua mas não as gengivas. Ou vira para a direita e esquerda mas não dobra para trás. Ou tem pêlos coloridos. Ou tem pêlos brancos. Ou não há na cor desejada. Ou o verde até é engraçado mas a risca a amarelo estraga tudo. Ou… Ou… Pergunta a si mesma “Mas se é escova de dentes porquê preocupar-me com a língua e as gengivas e com as cores?”. Decide-se. Paga. Caminha. Chave à porta. Vai direitinha ao armário. Troca a detentora do lugar pela nova substituta. Desarma-a do seu capacete. Entrega-o à nova que por ingenuidade ou parvoíce nem o experimenta e despede-se da que terá passado de validade. E eis que descobre “Ah, não cabe! O capacete não cabe, não fecha, não serve!”. (Não pensem que enfiar o barrete é sempre fácil!) Mas como não cabe? E começa a guerra com a substituta. E começam os remorsos de ter atirado fora a que afinal só tinha por defeito a idade. Passa então pela cabeça “Havia de a ir buscar ao lixo…”. Hey, calma aí! Isso também já é demais!
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